segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Um breve pensar sobre a felicidade

Será que um dia conseguiremos ser felizes?
Sem precisar de remédios, objetos ou situações?

É uma busca árdua, incessante, diária. Muitas vezes sentimos vontade de desistir por achar impossível alcançá-la. Mas em seguida recobramos a lucidez e entendemos que a felicidade é sim possível. E que só depende de nós.

Talvez seja essa nossa maior angústia. Saber que a felicidade depende de nós.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ela e a vida

Ela chegou querendo sair. Sentia sono, cansaço. Não da vida. Mas de si mesma. Quando descobriu que não era possível, tomou uma decisão. A de sair da vida que levava. Como? Buscando uma outra vida. Não, ela não morreu. Ela renasceu. Renasceu para vida. Deixou as tristezas de lado e começou a viver. Simplesmente viver. Sabendo que não seria fácil. Viver é mais difícil que qualquer outra coisa que se faça na vida. Viver implica em atitude, coragem, decisão. Viver implica em abrir mão de muita coisa. Muita coisa sem valor, mas valorizada. Viver é bom demais para quem sabe. Para quem desperta. Para quem vive.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sem viver

Distâncias. Arrogâncias. Petulâncias.
Cada dia as pessoas estão mais longe. Mais longe da sua origem, da sua essência, do seu ser.
Não sabem o que são, para onde vão.
Andam. Caminham. Correm.
Sem pensar, sem sonhar. Sem viver, sem amar. Sem acordar.
Dormindo estão. Dormindo só podem estar.
Não vêem, não crêem, não lêem.
Andam. Andam. E andam. Sem pensar. Sem sonhar. Sem amar. Sem viver.
O amor ficou distante. O sonho impossível.
Só se deseja realizar. É tudo no concreto.
O imutável, o intransponível, o irrealizável desapareceram.
Querem apenas ter.
É o medo de encontrar. O medo de se realizar.
Medo de ser feliz. Medo de amar. Medo de desejar. Medo de ser. Medo de viver.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Resoluções de Ano Novo

Em 2010 quero ler mais. Mas antes preciso terminar de ler um livro que comprei em 2004. Calma. Não sou tão marcha lenta assim. É que comprei um livro escrito em espanhol que fala sobre filosofia e tem mais de 300 páginas. Claro que já comecei a ler umas 30 vezes e sempre paro lá pelo capítulo III. Já quase decorei as primeiras páginas. Mas esse ano vou perseverar e finalmente terminar de ler!

Aliás, esse ano quero fazer muitas coisas! E todas elas com um único objetivo: ser feliz! No Facebook está circulando um aplicativo sobre o que vai acontecer em 2010. Claro que não é nada sério, nada científico. Mas, curiosa que sou, cliquei e... saiu uma nova vida! Não sei se isso é bom ou ruim. Mas pelo menos significa mudança! E é isso que estou buscando. Por muito tempo eu tive pavor de mudanças... Hoje eu não vivo sem uma! A vida não tem a menor graça se nós não nos permitimos viver. E não há a menor possibilidade de viver sem experimentar qualquer mudança. É com ela que crescemos, aprendemos. A vida é dinâmica. E essa é a sua beleza. Há sempre uma possibilidade, não importa a idade, de fazer algo diferente.

Confesso a vocês que diante de tragédias como estas que aconteceram em Angra e Ilha Grande, tragédias onde morrem tantas pessoas de modo repentino, penso em como não temos o menor controle sobre a vida. Não importa quanto dinheiro tenhamos acumulado em nossa conta bancária. Por isso, temos que aprender a valorizar a vida. Temos que ser sábios e apreciá-la a cada segundo. É importante que vivamos plenamente e integralmente cada instante, dando um pouco mais de atenção ao que verdadeiramente importa. Buscando sempre ser feliz. Muito feliz. Citando Mario Quintana: “(....) não deixe de fazer algo que gosta devido a falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais...”

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Espírito natalino

O Natal chega e é sempre a mesma história. Shoppings lotados de pessoas correndo de um lado para outro. As ruas ficam cheias, cheias de pessoas estressadas, irritadas e com pressa, muita pressa. Até que chega a noite de Natal. E é ai que a coisa muitas vezes piora. Temos que encontrar com aquele parente que não falamos o ano todo, com aquele tio que brigamos semana passada. E por aí vai. Ficamos irritados, mal-humorados. Evitamos sentar perto da criatura na hora da ceia. Ao invés de reconciliação, vem confusão. Daí chega a hora de abrir o presente. Momento feliz? Hummm, sei não... - Como assim você me deu uma blusa G? Não percebeu que eu emagreci?

O que é o espírito de Natal afinal? Comprar, brigar, se stressar? A noite de Natal é muitas vezes regada de hipocrisia. Mas não pensem que sou contra o Natal. Só não compartilho da visão de Natal como uma data de pura convenção social e de consumo. Penso que deveriamos nos ocupar mais nessa época do ano em refletir. Precisamos comprar tantos presentes? Outro dia comentei com um amigo que eu acho que no Natal ninguém deveria comprar presente para ninguém. Que deveriamos sim nos reunir para confratenizar, para nos reconciliar... E que o dinheiro gasto em presentes seria doado. Ele me olhou e disse: mas aí você acaba com a magia do Natal! O que é a magia do Natal? Reunir pessoas em torno de uma mesa para comer peru e trocar presentes depois?

São muitas as pessoas que vivem em nosso país abaixo da linha da pobreza. Que não só na noite de Natal como em quase todas as noites do ano não tem o que comer. Crianças que não tem o que vestir nem com o que brincar. Crianças que não tem o direito de serem crianças. Então me desculpem, mas me incomodo sim com a enorme quantidade de presentes caros que trocamos em volta de uma mesa farta enquanto do lado de fora a vida é bem diferente...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Nosso Brasil é fantástico

O nosso é um país de bundas e peitos, é verdade. É no carnaval, nas novelas, nas revistas. É um país que privilegia a “beleza” e sua exposição. BBBs que fazem sucesso da noite para o dia e tornam-se celebridades só porque participaram de um reality show expondo seus corpos e falando sobre coisas que não acrescentam nada às nossas vidas. E, verdade seja dita, as meninas costumam ter mais sucesso ao deixarem “a casa”. Posam para Playboy e viram artistas de televisão. Ficam famosas, fazem novelas, campanhas publicitárias de marcas internacionais. E ganham dinheiro com isso. E a maioria sem diploma algum. E precisa?

Então qual o problema da jovem que venceu o concurso Menina Fantástica declarar em entrevista que ficou muito feliz com sua vitória e que até rezava para que isso acontecesse para que ela não precisasse passar pelo vestibular? Quem pode criticá-la?

Ela é só mais uma a sonhar em ser modelo ou atriz. Tanto faz. E para isso não precisa de diploma. Precisa de beleza e sorte. Temos em nosso brasil brasileiro, terra de samba e pandeiro, uma ex-miss e ex-BBB que hoje é considerada uma “grande” artista de televisão, uma “revelação”. Resultado da combinação de beleza e sorte. E uma boa agente, claro.

A menina que não queria ter que passar pelo vestibular é só uma jovem que vive em um país tão fantástico que o próprio presidente não tem nível superior. Não me levem a mal. Não acredito sinceramente que cursar uma faculdade faça alguém melhor ou pior, nem mais inteligente. Aliás, estudei com pessoas que mal sabiam o português. Me perguntava como haviam passado no vestibular. A questão é o valor que damos para a educação. Ou melhor, a questão ainda mais crucial é: a quê damos valor?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Cena Carioca

Entrei no metrô e escutei algo mais ou menos assim no alto-falante:
- Atenção senhores passageiros. Mantenham suas bolsas e mochilas na sua frente. Não deixem seu celular à mostra. A sua segurança depende de você. (?!?!)

Foi igual a uma outra vez em que uma moça foi assaltada em seu carro e uma amiga disse que a culpa era dela (da moça). Perguntei porque a culpa seria da vítima. Ela me respondeu tranquilamente: “Ué, quem manda deixar a bolsa em cima do banco!” Faltou quase dizer: “Bem feito para ela!”.

Ou eu estou doida ou o mundo é que está. O Estado não oferece educação e saúde, o que faz com que muitos partam para a criminalidade, e eu cidadão é que sou culpado? É meu dever me preocupar com a segurança pública? E qual o dever do Estado? Ganhar eleição para sediar as Olimpíadas?

Socorro! Para tudo que eu quero descer!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mulher Fruta

Queria saber porque os homens viram para olhar uma mulher, nem sempre tão bonita, passar na rua. Parece que eles estão olhando um pedaço de carne na churrascaria. Dá medo. Sempre observo isso na rua. Mas observo também que as mulheres não fazem isso, mesmo que o cara seja o Rodrigo Santoro. Porque os homens agem desta forma?

Nós somos muito mais que um belo corpo. Mas o pior é que tem mulher que gosta de ser vista como um pedaço de carne, de fruta. Haja vista a quantidade de mulher fruta que aparece em cada esquina.

Quando é que a mulher vai entender que ela é mais do que isso? Que ela pode e deve ser adimirada pelo que pensa, pelo que sente e passar a investir mais nisso! Ao invés de passar cinco, dez horas dentro de uma academia. Porque depois não adianta reclamar que o cara a trocou por outra. Foi apenas uma troca de mercadoria.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Hora do soninho

O que você faz quando bate aquele soninho no meio do expediente? Além do óbvio cafezinho, tem alguma outra idéia?

Tenho sim.

Qual?

Dormir

Dormir? Como assim?

Ué, como se dorme? Fechando os olhos e dormindo.

Mas no trabalho? No meio do expediente?

É!

Mas como? O chefe vai ver!

O chefe por acaso vai ao banheiro com você?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dias nublados

Cariocas não gostam de dias nublados. E não gostam mesmo. Eu não gosto. Quero sol, muito sol. Gosto da vida ensolarada, iluminada, alegre, feliz. Dias nublados escondem a beleza da vida. O verde não fica tão verde. O azul não é azul. Até o humor das pessoas muda.

Em dias ensolarados todos parecem sorrir mais. Em dias nublados? Vejo uma nuvenzinha em cima da testa de cada um. Parece algo automático. Talvez poucos percebam isso. Mas acontece.

Carioca gosta de sol, de praia, de vida. Dizem até que trabalham menos. Não é verdade. Trabalham igual, ou mais. A diferença é que sabem aproveitar também da beleza que é viver em uma cidade maravilhosa, tão maravilhosa que será até de sede das Olimpíadas.

Olimpíada tem tudo a ver com o Rio de Janeiro. É um evento alto-astral, um evento para dias com sol. Pena que em meio a tudo isso há a pobreza, miséria, sujeira, violência e a falta de educação de certos moradores e políticos. Moradores que insistem em avançar o sinal, jogar lixo pela janela do carro (importado, diga-se de passagem). Políticos que mais parecem ter saído de programa humorístico. Esses sim são nuvens daquelas que produzem muita trovoada. E não são passageiros... Infelizmente...

Mas tudo bem. Apesar de seus dias nublados esta é mesmo uma cidade maravilhosa.