terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Mais um ano...

O ano passou. E com ele muitas histórias, muitas tristezas, muitas alegrias. Muitas coisas foram vividas, outras nem tanto. Não importa. O final do ano é um rito de passagem. É necessário? Não sei. Mas é importante e muito útil se soubermos fazer uso dele. Quando o ano termina é como se cruzássemos a linha de chegada e fossemos em busca da nossa medalha. Vencemos inúmeros obstáculos e chegamos ao final de mais um ciclo. Hora de repensar a vida e refazer os planos. O importante é nunca deixar de sonhar. Um feliz 2009 para você!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Dia 25 de dezembro é a data em que comemoramos o Natal, o nascimento de Jesus Cristo. Sejamos católicos ou não, esse é o objetivo desta data. Isso mesmo. Dezembro não é época de consumo desenfreado nem trânsito estressante. Pelo menos não deveria ser. Deveríamos aproveitar esse momento para nos aproximar ainda mais daqueles que amamos e procurar, nem que seja um pouquinho, levar um pouco de amor e conforto para aqueles que precisam. Natal não é sinônimo de compras. Natal é sinônimo de amor, de solidariedade, de fraternidade. E é isso que eu desejo a todos vocês nesta data. Muito amor, muita solidariedade e muita fraternidade. Então.. aí vai o meu Feliz Natal para você!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Um novo tempo

Essa semana liguei para o call-center de uma empresa e a simpática atendente, para não dizer o contrário, me disse após 40 minutos de muita reclamação: “estarei transferindo a sua ligação...”. Estarei transferindo? Esse tempo verbal eu não conheço. E olha que eu sou uma profunda conhecedora dos tempos verbais. Aliás, amo os verbos. Eles são variáveis, podem ser conjugados de diferentes formas, dependendo apenas da história que se quer contar.

Confesso que me identifico, e muito, com os verbos. Assim como eles eu posso ser simples ou composta, primitiva ou derivada. Também apresento variações de número, pessoa, modo, tempo e voz. Tudo depende do meu humor. E também admito o singular e o plural. Depende da situação. Gosto muito do indicativo, pois apresenta o fato como sendo real, positivo.

Dos três tempos verbais básicos o que mais conjugo é o presente. Mas tenho percebido que a maioria parece preferir conjugar o passado e o futuro. Só escuto frases com sonhava, vivera, brinquei, amaria, farei, viverei. Já notaram? E o que aconteceu com o indivisível presente? Teria lhe restado o dramático fim de ser apenas o passado que sobrou do futuro? Que tristeza para o presente. O meu presente. O seu presente. O nosso presente. Sem ele as nossas histórias só podem ser narradas no passado e imaginadas no futuro.

O presente pode parecer um tempo simples, sem graça. Mas temos que conhecê-lo melhor para aprender a amá-lo. Pois sem ele jamais teríamos o imperativo e o subjuntivo. Jamais poderíamos dizer: que vós sorriais, cantemos nós, não choreis vós. Sem o presente seria impossível dizer “eu te amo!”. A sua ausência significaria uma vida simples, sem graça. Uma vida cheia de melancolia e sonhos.

Por isso lhes convido a mergulhar no presente. Mas façam isso sem medo. Sem vergonha. Talvez vocês encontrem tudo aquilo que sempre procuraram. Tudo aquilo que pensavam estar perdido no passado ou que só encontrariam no futuro. Talvez vocês descubram um novo tempo, um novo presente. Um presente diferente. Um presente mais-que-perfeito.

Espelho, espelho meu...

Vestido branco e Marcha Nupcial não combinam com elas. Ser dona de casa então é quase uma ofensa a sua dignidade, a sua independência, conquistada a custa de muito sutiã queimado em praça pública. Estão longe de serem balzaquianas. Aliás, Balzac se surpreenderia, e muito, com essas mulheres. Elas odeiam parecer que tem mais de 30 anos, isso sim é um verdadeiro horror. E haja Botox para tentar vencer essa inevitável luta contra o tempo. Digo inevitável, pois, queiramos ou não, o tempo passa. Não o controlamos como gostaríamos. Nenhum de nós tem esse poder. O tempo passa, e passa rápido, muito rápido.

Essas mulheres sentem orgulho de dizerem que trabalham 14 horas por dia e que quase nunca tiram férias. Quando recebem uma promoção a comemoração é no melhor restaurante, com as amigas, claro, e muito Kir Royal. E basta elas se reunirem para surgir a lamentação da falta que faz um grande amor. Mas o tempo é curto. E para elas o sucesso é mais importante. O amor fica para depois, e depois. Não há espaço para o sentimento. A razão deve prevalecer. Não há tempo para sentir. Isso era privilégio das suas avós, bisavós. Não delas.

Como o tempo é pouco e o dinheiro é muito, elas compram tudo o que precisam. Compram, por exemplo, um ótimo aparelho de DVD com o melhor home-theater para, na sexta-feira à noite, ao chegarem em casa tarde do trabalho sem tempo para irem ao cinema, poderem ter direito a um pouco de diversão e menos solidão.

Para essas mulheres superpoderosas que lutam contra o tempo, o ideal seria irem a uma loja onde pudessem comprar amor, alegria, felicidade. Para elas seria simplesmente fantástico poderem entrar numa loja glamurosa, cheia de espelhos, pararem em frente a um deles para perguntar: “espelho, espelho meu, de qual sentimento preciso eu?”. O espelho responderia, ela passaria no caixa e pegaria sua pílula com o sentimento que precisa, pagaria, poderia ser até parcelado e sem juros, e estaria feito o negócio, em um passe de mágica. A luta das mulheres contra o espelho, seu maior inimigo, denunciador das suas imperfeições, terminaria e ele se transformaria então em seu maior aliado, em seu melhor amigo.

Isso tudo pode parecer tema de conto de fadas. Mas, uma mulher se olhar no espelho depois de um dia exaustivo de trabalho e pensar que o que a deixaria mais feliz é a compra de um novo par de sapatos, significa o quê?

Uma matéria recém-publicada na Internet falava sobre como a cirurgia plástica faz bem a auto-estima das mulheres e oferece a elas o direito de se sentirem felizes. Uma das entrevistadas declarou, sem o menor constrangimento, que seu novo nariz arrebitado lhe deu mais felicidade e mais confiança para trabalhar. Ela disse ter ficado tão feliz que logo após sua rinoplastia fez uma lipoescultura. Sem dúvida sua felicidade estava então comprada e garantida, para sempre. Ou alguém perde o nariz?


E assim elas vão vivendo, gastando seu tempo, seu dinheiro, sua energia comprando coisas como se fossem sentimentos. Apenas esquecendo que sentimentos não estão à venda. Estão apenas em falta.

Quem disse que não sou criança?

Minha sobrinha vai fazer 2 anos e está em estado de êxtase. Vai ter pula-pula na festa! A sua alegria é tanta que me contagiou. Falei para ela que eu estava ansiosa para a festa chegar porque também queria brincar no pula-pula! E sabe o que ela me disse?

- Não vai não.
Eu fiquei estupefata! E perguntei:
- Porque não??
Ela muito séria falou:
- Porque você é grande!
Eu insisti.. me abaixei e disse:
- Mas eu sou pequena! Sou do seu tamanho!
Ela me olhou com ar de desconfiada...
- Não é não. Você é grande!

Grande para ela, claro, é sinônimo de adulto...
E quem disse que eu não sou criança?
Quem disse que quando nos tornamos adultos a criança morre??

A Rita Lee ao dar uma entrevista disse que no momento seu único projeto era cuidar da sua criança interior. E ela está certissima. Nosso maior erro quando nos tornamos 'grandes' é esquecer nosso lado criança. Ser criança a vida toda não significa infantilidade e nem imaturidade. Significa alegria, liberdade e espontaneidade. Significa um estado de plenitude e felicidade com as coisas mais simples da vida. Eu confesso, minha criança tá abandonada... coitada... Ando tratando muito mal dela. Ou a esqueço por completo ou, quando me lembro, a sufoco..

Grandes não podem ser crianças! Quanta bobagem!
Eu sou!!

Agora, me dá licença, que eu vou brincar!

Dieta do Palito

Dieta do Mediterrâneo, de South Beach, da sopa, da pirâmide, da primavera, da proteína, do tipo sanguíneo e por aí vai. Mas nenhuma delas traz o resultado que o Dr. Robertus Palitus promete: a magreza de um palito.

Os palitos são esbeltos e motivo de muitas noites mal dormidas entre aqueles que sonham em ter um corpo, digamos, tamanho mínimo. Eles são invejados nas passarelas da moda do mundo inteiro. Todos querem ser como eles. O culto à magreza já rendeu até templo em Palitolândia, a cidade natal dos palitos.

O Dr. Palitus é um conceituado médico de Palitolândia que, intrigado pela magreza da população, resolveu investigar o gene dos palitos. E qual não foi sua surpresa ao descobrir que todos tinham em comum a ausência do gene da obesidade. Maravilhado com tal descoberta ele fundou o Instituto de Dieta e Pesquisa de Palitolândia.

Após anos de testes feitos em seu Instituto com palitos cobaias, o Dr. Palitus foi além e encontrou a causa da ausência do tal gene. Foi então que ele inaugurou o Spalito, um SPA inteiramente dedicado àqueles que desejam ardentemente serem magros como um palito.
Para atingir tal estágio de magreza é necessário seguir rigorosamente a dieta que restringe severamente a ingestão de qualquer alimento sólido em todas as refeições. Salsicha, lingüiça, salame, mortadela, presunto, queijos, tudo isso é proibido na dieta do palito. Mas quem fez, garante que vale a pena.

A grande perda de peso em um curtíssimo espaço de tempo é o principal motivo do enorme sucesso do regime, que atrai celebridades de todo mundo para o Spalito.
“Não acho a dieta radical, alimentos sólidos fazem mal a digestão. Só às vezes me sinto um pouco mal, desmaio, vou para o hospital, tomo soro. Mas o resultado é ótimo! Não deixo de ir ao Spalito pelo menos 4 vezes ao ano!” disse Olívia Palito em uma entrevista exclusiva concedida a nossa revista.

Mas, para garantir um resultado perfeito, o Dr. Palitus é enfático: “Faça como os palitos, espete, mas não coma!”