sexta-feira, 27 de março de 2009

Quem deve ser eliminado: Ana ou Josi?

Ana? Hã? Josi? Quem? Não faço idéia. Estou sem tempo. Ando muito envolvida com o reality show que começa de manhã quando acordo e me arrumo para sair, para ir ao banco, para ir ao supermercado. E continua durante toda a semana, 24 horas no ar. A empregada falta, a síndica aparece com um problema. A mãe liga. A vizinha chora no corredor. O engarrafamento infernal que me impede de chegar no horário em qualquer compromisso. Porque quanto mais cedo você sai de casa, parece que mais trânsito encontra pela frente e acaba chegando atrasada do mesmo jeito. Não tem saída. E se resolve pegar o metrô, pode ser pior. Acredite. Você acaba indo em pé com um empurra-empurra extremamente desagradável nesse calor senegalês.

Mas tenho que confessar que mesmo sem conhecer a tal Ana, fiquei preocupada com a moça. Pois me contaram que a tal sister é branca e tem olhos azuis... Então é melhor se cuidar, pensei. Tem gente importante que certamente quer eliminá-la.

No vale-tudo do faz-de-conta que eu sou legal, brothers and sisters (não, não é a excelente série do Universal Channel) fazem de tudo, t-u-d-o, para conquistar o tão sonhado um milhão de reais. Até mesmo fingir o que não são para angariar votos. Falam o que o povo quer ouvir. Fazem falsas promessas e juras de amor. Pelo dinheiro, vale-tudo. Ouvi dizer que algo similar acontece em Brasília. E olha o que o “prêmio” é bem mais interessante que apenas um milhão de reais e por lá não tem paredão. Não é o paraíso?

domingo, 15 de março de 2009

Cena de cinema

Fui assistir neste final de semana ao premiadíssimo "Quem quer ser um milionário?". O filme é bom, isso ninguém de fato pode negar. Tem uma linguagem dinâmica que prende nossa atenção do início ao fim ao longo de suas quase duas horas. Ficamos na torcida pelo menino, nos emocionamos com sua história de vida que, a propósito, não é muito diferente daquela de inúmeros meninos brasileiros. Mas uma cena em especial me chamou muita atenção.

Um casal relativamente jovem, por volta dos 30 anos, levantou de suas poltronas assim que as luzes se acenderam e foi caminhando em direção a saída. Na tela ainda subiam os letreiros em meio a uma animada dança com muita música indiana. Mas o casal nem se deu conta. Apenas saiu de mãos dadas. Até aí ok, cena normal em qualquer lugar, em qualquer canto do planeta. Mas o que me chamou a atenção foi o fato do tal rapaz sair carregando a bolsa da moça. Juro que não consigo entender isso... E é uma cena que sempre se repete quando vou ao cinema.

Confesso que sempre que um namorado ou ficante (desculpe mas não sei como se diz hoje, na minha época era ficante) se oferecia para carregar a minha bolsa eu já olhava meio de lado e começava a pensar em maneiras de dispensá-lo. Podia até ser o Brad Pitt ou Rodrigo Santoro. Não me importa. Carregar o meu infinito particular?? Jamais!!!!!