sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mitos não morrem

Ontem quando começaram a sair as primeiras notícias que o astro pop Michael Jackson havia morrido foi uma comoção. O que mais eu escutava era: “Não acredito que ele morreu. Morreu mesmo?” O mesmo aconteceu com Ayrton Senna em 1995. É assim que reagimos diante da morte de um mito. Para nós, eles estão acima do bem e do mal. Estão acima até da morte.

Michael Jackson marcou a minha infância. Lembro-me até hoje da primeira vez que assisti ao clipe de “Thriller” na televisão. Fiquei tão impressionada que quase não dormi de noite. E olha que a TV não era de 42 polegadas e a transmissão não era em alta definição. E como não lembrar também de “Bad”, “Billy Jean”. Recordo-me também que, assim como eu, todas as crianças da minha idade queriam imitar o famoso “passo” do cantor. Aquele passo de dança em que ele parece estar andando para frente, mas na verdade anda para trás, e que ficou conhecido como moonwalk. Algo que só parecia possível a um mito fazer. Um passo imitado até hoje. E aquela jaqueta vermelha? Todos os meninos queriam uma.

Não há dúvida que para mim, como para toda uma geração Michael Jackson representa um mito. Diante de tanta genialidade e excentricidade, ele era mesmo quase um ser mitológico. Alguém difícil de acreditar que existia. Mas as suas fantásticas obras musicais são a prova viva não só de que ele existiu, mas como foi alguém genial e incomum.

Como dizem que mitos não morrem – e talvez venha daí aquela velha história de que Elvis não morreu - para mim, quem morreu em 25 de junho de 2009 não foi o mito que marcou minha infância. Quem morreu foi Michael Joseph Jackson, um ser-humano como nós, com uma história de vida conturbada, cheia de polêmicas, tristezas e algumas alegrias. Quem morreu foi um homem aos 50 anos de idade que sofria de inúmeros problemas emocionais e físicos. Um ser-humano que fechou mais um capítulo da história da sua vida. A nós, nos resta desejar que ele encontre a Paz.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A liberdade de ser livre

Ser livre para fazer tudo aquilo que se quer, que se deseja, é um sonho de consumo. Mas que não se pode comprar. A liberdade é uma conquista. E conquista exige empenho, perseverança, trabalho. Mas, pensando bem, é até melhor que seja assim. Ela fica com mais sabor, dá mais vontade de tê-la. Isso nos faz valorizá-la ainda mais. Se a pudéssemos comprar talvez ela ficasse esquecida no fundo de algum armário ou empoeirada dentro de alguma gaveta.

É inegável a alegria e o bem-estar que sentimos quando somos livres. Quando podemos sentir o vento, a onda do mar, o calor, o sol, o frio. Quando podemos sentir tudo, quando nos permitimos sentir tudo. Sem nenhuma censura. É dessa liberdade que falo. Da liberdade de ser.

A liberdade é um direito nosso. Não devemos nunca em nome de nada e nem de ninguém abrir mão disso. Não devemos colocá-la em dúvida. Não devemos jamais deixar de exerce-la. Ser livre é o melhor da vida. Ser livre é ter posse de si mesmo.
Podemos ser e vir a ser tudo aquilo que desejamos. E não precisamos ter nada para conseguir isso. Nem dinheiro, nem cartão de crédito. Basta que queiramos ser. Basta a nossa vontade. A liberdade é tão fantástica que nos concede a liberdade de sermos livres. Ou não. A escolha é nossa. Sempre.