segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Nosso Brasil é fantástico

O nosso é um país de bundas e peitos, é verdade. É no carnaval, nas novelas, nas revistas. É um país que privilegia a “beleza” e sua exposição. BBBs que fazem sucesso da noite para o dia e tornam-se celebridades só porque participaram de um reality show expondo seus corpos e falando sobre coisas que não acrescentam nada às nossas vidas. E, verdade seja dita, as meninas costumam ter mais sucesso ao deixarem “a casa”. Posam para Playboy e viram artistas de televisão. Ficam famosas, fazem novelas, campanhas publicitárias de marcas internacionais. E ganham dinheiro com isso. E a maioria sem diploma algum. E precisa?

Então qual o problema da jovem que venceu o concurso Menina Fantástica declarar em entrevista que ficou muito feliz com sua vitória e que até rezava para que isso acontecesse para que ela não precisasse passar pelo vestibular? Quem pode criticá-la?

Ela é só mais uma a sonhar em ser modelo ou atriz. Tanto faz. E para isso não precisa de diploma. Precisa de beleza e sorte. Temos em nosso brasil brasileiro, terra de samba e pandeiro, uma ex-miss e ex-BBB que hoje é considerada uma “grande” artista de televisão, uma “revelação”. Resultado da combinação de beleza e sorte. E uma boa agente, claro.

A menina que não queria ter que passar pelo vestibular é só uma jovem que vive em um país tão fantástico que o próprio presidente não tem nível superior. Não me levem a mal. Não acredito sinceramente que cursar uma faculdade faça alguém melhor ou pior, nem mais inteligente. Aliás, estudei com pessoas que mal sabiam o português. Me perguntava como haviam passado no vestibular. A questão é o valor que damos para a educação. Ou melhor, a questão ainda mais crucial é: a quê damos valor?

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