domingo, 7 de fevereiro de 2010
Ela e a vida
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Resoluções de Ano Novo
Aliás, esse ano quero fazer muitas coisas! E todas elas com um único objetivo: ser feliz! No Facebook está circulando um aplicativo sobre o que vai acontecer em 2010. Claro que não é nada sério, nada científico. Mas, curiosa que sou, cliquei e... saiu uma nova vida! Não sei se isso é bom ou ruim. Mas pelo menos significa mudança! E é isso que estou buscando. Por muito tempo eu tive pavor de mudanças... Hoje eu não vivo sem uma! A vida não tem a menor graça se nós não nos permitimos viver. E não há a menor possibilidade de viver sem experimentar qualquer mudança. É com ela que crescemos, aprendemos. A vida é dinâmica. E essa é a sua beleza. Há sempre uma possibilidade, não importa a idade, de fazer algo diferente.
Confesso a vocês que diante de tragédias como estas que aconteceram em Angra e Ilha Grande, tragédias onde morrem tantas pessoas de modo repentino, penso em como não temos o menor controle sobre a vida. Não importa quanto dinheiro tenhamos acumulado em nossa conta bancária. Por isso, temos que aprender a valorizar a vida. Temos que ser sábios e apreciá-la a cada segundo. É importante que vivamos plenamente e integralmente cada instante, dando um pouco mais de atenção ao que verdadeiramente importa. Buscando sempre ser feliz. Muito feliz. Citando Mario Quintana: “(....) não deixe de fazer algo que gosta devido a falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais...”
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Dias nublados
Cariocas não gostam de dias nublados. E não gostam mesmo. Eu não gosto. Quero sol, muito sol. Gosto da vida ensolarada, iluminada, alegre, feliz. Dias nublados escondem a beleza da vida. O verde não fica tão verde. O azul não é azul. Até o humor das pessoas muda.
Em dias ensolarados todos parecem sorrir mais. Em dias nublados? Vejo uma nuvenzinha em cima da testa de cada um. Parece algo automático. Talvez poucos percebam isso. Mas acontece.
Carioca gosta de sol, de praia, de vida. Dizem até que trabalham menos. Não é verdade. Trabalham igual, ou mais. A diferença é que sabem aproveitar também da beleza que é viver em uma cidade maravilhosa, tão maravilhosa que será até de sede das Olimpíadas.
Olimpíada tem tudo a ver com o Rio de Janeiro. É um evento alto-astral, um evento para dias com sol. Pena que em meio a tudo isso há a pobreza, miséria, sujeira, violência e a falta de educação de certos moradores e políticos. Moradores que insistem em avançar o sinal, jogar lixo pela janela do carro (importado, diga-se de passagem). Políticos que mais parecem ter saído de programa humorístico. Esses sim são nuvens daquelas que produzem muita trovoada. E não são passageiros... Infelizmente...
Mas tudo bem. Apesar de seus dias nublados esta é mesmo uma cidade maravilhosa.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Viver ou sobreviver: qual a diferença?
Confesso que eu nunca tinha parado para pensar tão profundamente sobre o tema até que, pasmem, assisti ao filme Wall-E. Um desenho animado muito bem feito com um roteiro simples, mas profundo na mensagem que deseja passar. Afinal, é a Terra afundada em lixo e nós terráqueos indo viver literalmente no espaço e levando uma vida bem desinteressante. Resolvi alugar o filme com a idéia de ter um entretenimento leve em um sábado à noite. Porém no meio do filme uma frase dita por um dos personagens me fez sair daquela leveza e mergulhar em um mar de profunda reflexão. Ele simplesmente diz: “eu não quero sobreviver, quero viver”. Pois é. Foi daí que nasceu minha vontade de buscar compreender o significado de cada coisa. Meu primeiro passo, claro, foi pesquisar no dicionário.
Sobreviver, segundo Michaellis é continuar a viver depois de outra pessoa ter morrido... É subsistir depois da perda ou ruína de alguém ou alguma coisa. É escapar de... Subsistir após. Já a definição de viver é existir, é ter vida. É freqüentar a sociedade, ter convivência. Qual lhe parece mais interessante? Pensou? Bom, para mim, viver me parece ser a melhor resposta. Agora, qual lhe parece ser a mais fácil? Bem, tenho que dizer que me parece sobreviver. É ao menos a mais cômoda, a mais segura, aquela em que acreditamos ter mais controle. E nessa tentativa de controlar nossas vidas vamos sobrevivendo. E sem nos darmos conta de que com isso viramos quase robôs, seres que não se emocionam, não se relacionam. Seres que não vivem. Seres com vidas tão desinteressantes quanto a dos personagens humanos de Wall-E que vivem no espaço após terem destruído a Terra com tanto lixo e poluição.
Isso me fez lembrar de uma pessoa que conheci e com quem convivi por muitos anos. Todos os dias para ela eram iguais, sempre a mesma rotina, e era justamente isso que a fazia sentir-se, aparentemente, feliz. Enquanto uns buscam uma vida cheia de emoção, ela buscava uma vida segura, uma vida controlada. Como se fosse possível viver livre de riscos ou incertezas. Mas era nisso que acreditava. Todos os dias ela acordava e como primeira tarefa ia direto para o computador para verificar a previsão do tempo. Informação importante, claro, para quem quer saber exatamente o que vestir. Com esta preciosa informação em mãos, ela se preparava para sair de casa. Mas não sem antes checar também as condições do trânsito pela internet. Com isso poderia escolher o melhor trajeto, o mais seguro, livre de tráfego intenso. Alias tudo que era intenso, evitava. Sua vida era tão programada quanto a vida de um robô. O que ela não entendia é que as melhores coisas da vida não são previsíveis. Pelo contrario, é justamente a imprevisibilidade, a surpresa que tornam o nosso viver mais interessante. Do contrário, vamos apenas sobrevivendo a tudo e a todos.
Um dia não resisti e perguntei a ela: Qual a graça de se levar uma vida monótona, programada, planejada, asseada? Qual a graça de não experimentar a chuva molhando seu rosto? Porque não experimentar a alegria de uma vez passar a noite acordada só para ver o sol nascer? Pronto. Virei a voz do apocalipse. Ficamos um tempo sem nos falar, mas hoje somos grandes amigas e ela já começou a dar seus primeiros passos rumo a uma vida mais livre, mais leve, mais humana. Hoje ela já consegue sair de casa sem checar a previsão do tempo. Mas continua carregando sempre um guarda-chuva e um casaco independente dos 40 graus que estão fazendo na cidade. Tudo bem, digo para ela. Um passo de cada vez. Mudanças levam tempo. O importante é começar.
Pois é, Wall-E pode ter sido para muitos apenas um filme bobo e de criança, mas para mim foi muito mais do que isso. E assim como aquele personagem, eu não quero sobreviver. Quero viver. E você?